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Título: Uma introdução ao XML, sua utilização na Internet e alguns conceitos complementares
Autor: Almeida, Maurício Barcellos
Tipo: Citação
Assunto: XML (Extensible Markup Language)


Descrição: Ciência da Informação, v.31, n.2. maio/ago. 2002. (p.5-13 (6))

Texto
O XML tem uma importante característica adicional: permite ao autor do documento a definição de suas próprias marcas. Esta característica confere à linguagem XML "habilidades" semânticas, que possibilitam melhorias significativas em processos de recuperação e disseminação da informação. As possibilidades e os benefícios reais em processos de recuperação da informação não são tratados neste trabalho.

O XML é uma arquitetura que não possui elementos* e marcas predefinidas. Não especifica como os autores vão utilizar metadados, sendo que existe total liberdade para utilizar qualquer método disponível, desde simples atributos**, até a implementação de padrões mais complexos. Como exemplos de padrões de metadados para meios eletrônicos pode-se citar o ISO11179, Dublin Core, Warwick Framework, RDF - Resource Description Framework, e PICS - Platform for Internet Content Selection.*** (p.6)

(...)

O XML é uma linguagem derivada da SGML e foi idealizada por Jon Bosak, engenheiro da Sun Microsystems. O autor era conhecedor e usuário da SGML e apresentou ao W3 Consortium* sua idéia de explorar o SGML em aplicações voltadas para Internet. Em 1996, foi criado o XML, inicialmente como uma versão simplificada do SGML, e, em fevereiro de 1998, o XML tornou-se uma especificação formal, reconhecida pelo W3 Consortium. (p.7)

(...)

- XML ou Extended Markup Language é uma versão abreviada do SGML, que possibilita ao autor especificar a forma dos dados no documento, além de permitir definições semânticas. Um arquivo eletrônico XML pode conter, simultaneamente, dados e a descrição da estrutura do documento, através do DTD-Data Type Definitions (gramáticas que conferem estrutura ao documento XML). O XML obtém benefícios omitindo as partes mais complexas e menos utilizadas do SGML. (p.7)

(...)

Conforme já citado, a linguagem XML compreende um padrão adotado pelo W3 Consortium, que possibilita a troca de dados na Internet, além de representar dados semi-estruturados. Uma grande quantidade de dados é atualmente publicada em páginas HTML. A figura 7, a seguir, mostra como dispor dados por meio de listas em página HTML.

O resultado apresentado no navegador seria algo como a figura 8, a seguir.

As marcações HTML, utilizadas acima, são

para cabeçalho (o texto que será impresso em fonte maior),

para parágrafos (inicia uma nova linha), para negrito e para itálico. Enquanto a apresentação é de fácil leitura para humanos, não existe nada no texto em HTML que facilite a outros programas (softwares) entender a estrutura e o conteúdo dos dados. O HTML foi desenhado especificamente para descrever apresentação.

Já o XML foi projetado para descrever conteúdo e difere do HTML em três características: novas marcações podem ser definidas, estruturas de dados podem ser agrupadas em profundidade ilimitada, e um documento XML pode conter uma descrição opcional de sua gramática (DTD).

O usuário de XML pode definir novas marcações para indicar estrutura. Por exemplo, a estrutura .... pode ser utilizada para descrever os dados referentes a uma pessoa. Ao contrário do HTML, o XML não fornece instruções de como o conteúdo deve ser apresentado. Existem várias maneiras de se apresentar o conteúdo de arquivos XML, como CSS-Cascade Stylesheets, XSL-XML Stylesheet Language, as quais não são abordadas neste trabalho.

Em sua forma básica, o XML é uma sintaxe simples para a transferência de dados, na concepção de dados semi-estruturados apresentada anteriormente. Como tal, é possível e mesmo provável que se torne um padrão para troca de dados na Internet. Para uma organização ou grupo de usuários, o XML permite uma especificação que facilita o intercâmbio de dados e a sua reutilização por múltiplas aplicações.

(p.9-10)


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[Exemplo representado como figura no texto]

Figura 12
Fragmento de uma página XML



João
30
joao@ufmg.br