Histórico
Contexto Nacional
Na década de 40, teve início no Brasil a adoção de modernas técnicas biblioteconômicas. Várias foram as causas que contribuíram para essa evolução, destacando-se a reforma do curso de Biblioteconomia oferecido pela Biblioteca Nacional, o aperfeiçoamento de técnicos brasileiros em universidades americanas e a criação de um serviço nacional de catalogação cooperativa, único na América Latina.

Este último foi criado em 1942 com o nome de Serviço de Intercâmbio de Catalogação (SIC) e tinha como finalidade propiciar ajuda mútua entre as bibliotecas do país a partir do modelo oferecido pela Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos (Library of Congress).

O SIC funcionava no DASP (Departamento Administrativo do Serviço Público), responsável pela parte técnica de revisão das fichas catalográficas, em convênio com o Departamento de Imprensa Nacional, responsável pela impressão, distribuição e venda das fichas aos interessados. Começou, assim, a ser formada uma Rede de cooperantes entre as bibliotecas interessadas.

O SIC cresceu a tal ponto que foi desligado da Biblioteca do DASP e transferido para o IBBD (Instituto Brasileiro de Bibliografia e Documentação), atual IBICT (Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia), criado em 1954.

Em 1970, com a divulgação das vantagens do Projeto MARC desenvolvido pela Library of Congress, o SIC resolveu reformular os seus serviços partindo para a automação. Assim sendo, este tema foi escolhido pela Prof. Alice Príncipe Barbosa, a diretora do SIC na época, para sua dissertação de mestrado e, mais uma vez, o SIC tomou como modelo a Library of Congress.

O projeto CALCO (Catalogação Legível por Computador) foi, então, desenvolvido pela professora Barbosa em sua dissertação, representando o marco inicial dos processos automatizados de registros bibliográficos no Brasil.

Seu objetivo era intercambiar a informação catalogada entre bibliotecas, criando a catalogação cooperativa no país cujos produtos seriam a geração do Catálogo Coletivo Nacional e a Bibliografia Nacional Corrente.

O projeto CALCO se responsabilizaria por:
· elaborar um catálogo que arrolasse a maior parte da produção bibliográfica recente, servindo de instrumento para a pesquisa nos pontos mais distantes do país;
· obter bibliografias especializadas;
· permutar informações dentro e fora do país;
· obter catálogos coletivos especializados;
· padronizar normas de catalogação e cabeçalhos de assunto;
· acelerar a duplicação de fichas;
· economizar tempo e mão-de-obra para as bibliotecas que possuíam as mesmas obras.

O formato CALCO foi inteiramente baseado no formato MARC II da Library of Congress por ser considerado o formato padrão para o intercâmbio de informação bibliográfica.

A partir dessa proposta, instituições como a Fundação Getúlio Vargas (FGV), a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e o Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT) desenvolveram sistemas de catalogação baseados no CALCO, introduzindo pequenas modificações para atender às necessidades de cada instituição ou das Redes de catalogação que se formavam.

O Serviço de Intercâmbio de Catalogação (SIC) deixou de existir em 1973, depois de 31 anos, para que o Projeto CALCO entrasse em funcionamento.

Tinha início uma nova fase da catalogação cooperativa no Brasil.
Em 1975, ficou decidi (continua...) Citação

O (BIBLIODATA/CALCO) é um sistema de (catalogação cooperativa) com entrada de dados por planilhamento e a pesquisa a base é realizada "off-line" por intermédio de microfichas ou "on-line" através de terminais ligados diretamente aos computadores da FGV/RJ. Citação

O (bibliodata/Calco) teve sua origem em 1972, como (CALCO) - Catalogação Legível por Computador, um sistema de Catalogação Computadorizado, compatível com o formato americano MARC II - (Machine-Readable Cataloging) , um aprofundamento do Projeto Piloto (MARC) , desenvolvido pela Biblioteca do Congresso dos EUA. Este formato foi adotado em 1968, como formato padrão pela American Library Association, para registros bibliográficos. A nova versão MARC foi adotada e adaptada por vários países na Europa que lhe deu características próprias - o UK MARC, no reino Unido e outras evoluções do MARC II - como o INTERMARC, desenvolvido em conjunto pela Franca, Bélgica e Reino Unido. Renomado e recriado com formato nacional e tecnologia moderna esta, rede, atualmente chamada (BIBLIODATA) /CALCO foi composta por dezenas de bibliotecas, em especial as universitárias. Em setembro de 1993, 104 bibliotecas estavam conectadas ao sistema. A base resultante era de 620.520 registros no fim de agosto de 1993, resultando em racionalidade administrativa para as bibliotecas cooperantes, especialmente na redução da catalogação original. A rede BIBLIODATA/CALCO é coordenada pela Fundação Getúlio Vargas, FGV, no Rio de Janeiro (Cunha) . Citação

(...) A rede (Bibliodata) tem por finalidade desenvolver e manter metodologia para (catalogação cooperativa) , compartilhando recursos e contribuindo para o aperfeiçoamento dos serviços de documentação e informação das instituições participantes. rede Bibliodata conta, atualmente com a participação de mais de sessenta instituições, as quais, através do processo cooperativo, constituem um (catálogo coletivo) , de âmbito nacional, que reúne aproximadamente um milhão de títulos, mantendo um fluxo médio de implantação de cerca de 10 mil títulos ao mês.O processo de modernização tecnológica da rede bibliodata, com migração da base de dados para uma plataforma cliente-servidor como, por exemplo, a disponibilização das base em CD-ROM, a consulta on-line via Internet, a implantação de um novo sistema de entrada de dados, a utilização de sistemas locais de automação compatíveis com os padrões internacionais ((USMARC) ) . Citação

A finalidade da Rede Bibliodata é desenvolver e manter metodologia para a catalogação cooperativa, compartilhar recursos e contribuir para o aperfeiçoamento dos serviços de documentação e informação das instituições participantes. Citação